Profissionais discutem importância de aconselhar pacientes no Teste Rápido

Prática é responsável por avaliar riscos e a vulnerabilidade, além de trabalhar os sentimentos adversos que surgem no momento do teste rápido O aconselhamento das DSTs e HIV/Aids é um dos instrumentos utilizados para a quebra da cadeia de transmissão da doença. Para capacitar os profissionais acerca do acolhimento correto do paciente, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou a oficina de Aconselhamento para Teste Rápido de DST/Aids nesta quinta-feira (27), no auditório do Hotel San Marino, na Ponta Verde. De acordo com a coordenadora estadual de DST/Aids, Fátima Rodrigues, a Atenção Básica é responsável pelo primeiro acesso ao serviço de acolhimento. “Os profissionais que atuam no Centro de Testagem e Acolhimento e nas Unidades Básicas de Saúde são responsáveis pelo primeiro contato com o paciente e são fundamentais no momento de acolher e informar”, explicou. Para isso, segundo Fátima Rodrigues, “é necessário capacitar esses profissionais de Saúde para o procedimento correto em caso de resultado positivo ou negativo”, complementou. Ela alertou ainda sobre os casos conhecidos por janela imunológica, que é o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus da Aids e a produção de anticorpos anti-HIV no sangue. “É importante que, no período de janela imunológica, a pessoa sempre faça sexo com camisinha e não compartilhe seringas, pois, se estiver realmente infectada, já poderá transmitir o HIV para outras pessoas”, acrescentou, lembrando que é necessário repetir o exame. “O profissional deve avaliar riscos e a vulnerabilidade caso a caso ou de cada grupo, além de trabalhar os sentimentos adversos que surgem no momento do teste rápido e conhecer a condição sorológica do paciente, contribuindo para a descentralização das ações de aconselhamento e ampliação do acesso ao diagnóstico do HIV/Aids na Atenção Básica”, disse Fátima Rodrigues. Aconselhamento - Especialmente no âmbito das DST e HIV/Aids, o processo de aconselhamento engloba o apoio emocional; o apoio educativo, que trata das trocas de informações sobre as DST e HIV/Aids, suas formas de transmissão, prevenção e tratamento; e avaliação de riscos, que propicia a reflexão sobre valores, atitudes e condutas, incluindo o planejamento de estratégias de redução de risco. No contexto das DST e HIV/Aids, o aconselhamento tem por objetivos promover a redução do nível de estresse; a reflexão que possibilite a percepção dos próprios riscos e a adoção de práticas mais seguras; a adesão ao tratamento; a comunicação e o tratamento de parceiro(s) sexual(is) e de parceiro(s) de uso de drogas injetáveis. O Ministério da Saúde prioriza a inclusão das técnicas de prevenção nas próprias atividades assistenciais, por meio dos profissionais de saúde que já têm a oportunidade de manter um contato direto com a intimidade da vida do paciente, promovendo um trabalho preventivo ajustado às necessidades individuais. http://www.tribunahoje.com/noticia/40884/cidades/2012/09/27/profissionais-discutem-importancia-de-aconselhar-pacientes-no-teste-rapido.html