A meta do governo Federal é
erradicar a Hanseníase no Brasil, principalmente em regiões onde são
registrados casos todos os anos, a exemplo do Norte e Nordeste. Para
alcançar esse resultado está sendo realizada uma campanha nacional nas
escolas públicas municipais e estaduais, que tem como alvo crianças e
adolescentes de até 15 anos.
Nesta segunda-feira (18), a
campanha foi lançada na Escola Municipal Orlando Araújo, com a presença
dos secretários de estadual e municipal da Saúde, respectivamente, Jorge
Villas Bôas e João Marcelo Lyra. Também participaram da cerimônia a
representante do Ministério da Saúde, Jurema Brandão, e a diretora de
Vigilância Epidemiológica, Cleide Moreira.
O secretário de Estado da
Saúde, Jorge Villas Bôas, ressaltou a importância da parceria entre as
secretarias de Saúde e da Educação, com a finalidade de trabalharem no
sentido de contribuir para erradicação da doença. Villas Bôas assegurou
que é necessária a participação de todos que fazem a saúde, como também,
dos pais que devem se integrar a campanha, pois, quanto mais cedo for
detectada, a resposta ao tratamento será positiva.
O Ministério da Saúde está
trabalhando a Hanseníase como um problema de saúde pública e, conforme
destacou a técnica da coordenação-geral de Hanseníase e doenças em
eliminação, Jurema Brandão, uma das metas é, até o ano de 2015, ter
menos de um caso para dez mil habitantes. Atualmente, esse número é de
1,54 para cada dez mil habitantes. E, para isso, o ministério está
trabalhando com campanhas, que este ano, têm como alvo as crianças e
adolescentes até 15 anos, porque é uma faixa etária em que tem mais
contato com os familiares.
A gerente de Agravos de
Transmissão Respiratória, Sexual e Doenças Imunopreviníveis da Sesau,
Ednalva Araújo, disse que, apesar de ser uma doença milenar, ainda são
registrados casos em todo o Brasil. E, isso ocorre, porque a população
ainda ignora os problemas sociais que existem e o tratamento tardio.
“Desde 2000, o Brasil está trabalhando para erradicar a Hanseníase e
várias ações estão sendo realizadas, com a participação de estados e
municípios, em parceria com o Ministério da Saúde”, afirmou.
“A Hanseníase tem cura, por
isso é necessário que todos se engajem nessa campanha, principalmente os
pais, que receberão um questionário, onde irão identificar e verificar
se os filhos têm manchas. Os casos detectados da doença serão
encaminhados para um centro especializado. Já os pacientes com apenas
problema dermatológico farão tratamento com um especialista”, disse.
Em 2012, foram diagnosticados
447 casos novos da doença, correspondendo a um coeficiente de detecção
geral de 12,64 casos por 100.000 habitantes. “Um índice que é
considerado alto pelos parâmetros nacionais e, no caso de Maceió, o
coeficiente de detecção é classificado como médio em menores de 15 anos,
uma vez que 22 novos casos foram detectados no ano passado”, informou
Ednalva Araújo.
Hanseníase - Conhecida
oficialmente por este nome desde 1976, já que anteriormente era
denominada de lepra, a doença é um das mais antigas da história da
medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um
parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros
órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Apesar de ter cura, pode
causar deformidades quando é diagnosticada tardiamente.
Fonte: Ascom Sesau