Medicamentos específicos ajudaram no índice positivo no Estado
A Secretaria do Estado de São Paulo
fez um levantamento sobre os portadores de HIV e Hepatite C e constatou
que eles estão vivendo mais. Segundo a pesquisa, a chance de sobrevida
de 10 anos de pacientes coinfectados com o vírus do HIV, causador da
Aids, e hepatite C foi de 92,8% no período entre 2003 a 2010. Esse dado é
improvável de apontar entre os anos de 1986 a 1993.
O
estudo foi realizado por meio de dados obtidos por meio de sistemas de
informação da vigilância epidemiológica de pacientes com Aids maiores de
13 anos. Ao todo, 2.864 pessoas, com idade média de 35 anos foram
incluídas na pesquisa. Entre elas, 358 (12,5%) eram HIV/HVC. No total
geral, 219 foram a óbito (7,5%).
“O
objetivo do estudo foi estimar a probabilidade acumulada de sobrevida
após o diagnóstico de AIDS entre pacientes coinfectados pelo vírus da
hepatite C (HCV) e os que tinham apenas HIV e investigar fatores
relacionados à sobrevida desses pacientes”, explica a infectologista e
autora do estudo, Wong Kuen Alencar.
O
infectologista constatou que a probabilidade acumulada de sobrevida
entres os HIV/HCV coinfectados após o diagnóstico de Aids foi gradativa.
De 1986 a 1993 foi de 0%, de 1994 a 1996 foi de 38,9%, de 1997 a 2002 o
número foi de 83,8% e de 2003 a 2010, o número chegou aos 92,8%.
Ainda
de acordo com Wong, a terapia conhecida como High Activity
Antiretroviral Therapy (HAART) alterou a história da infecção pelo HIV. O
curso clínico na coinfecção HIV/HCV. “Há evidências de que a supressão
virológica precoce com a HAART e consequente reconstituição imune podem
desacelerar o curso clínico da hepatite C em pacientes coinfectados pelo
HIV/AIDS”, completa.
O
tratamento da Hepatite C em coinfectados HIV/HCV com drogas específicas
promoveu aumento nas taxas de resposta virológica sustentada e também
maior sobrevida entre esses pacientes.