20.4.14

Dieta rica em peixe e medicina ortomolecular ajudam o sistema imunológico dos portadores de HIV

Diversos estudos relatam que portadores HIV/aids possuem "hipovitaminose A", sendo esta uma vitamina importante para o sistema imune e sua baixa concentração aumenta o risco de infecções, por isso alimentos com alta concentração de ácidos graxos (ômega 3), encontrados em peixes, algas marinhas e óleos vegetais são recomendados para aumentar a eficiência do sistema imunológico dos soropositivos.

Portadores do HIV/aids também podem apresentar níveis baixos de vitamina B12, podendo ser um potencial desencadeador da depressão, por isso, além do consumo de peixes, ovos e carnes também devem fazer parte de uma dieta diária.

Uma alimentação saudável pode contribuir para o aumento dos níveis dos linfócitos CD4, redução dos quadros infecciosos, diminuição dos quadros de diarréia, náuseas e vômitos e até dos níveis de perda de massa muscular, aumentando assim a qualidade de vida dos portadores de HIV.

Medicina Ortomolecular

O tratamento ortomolecular no caso do paciente soropositivo também é outra grande descoberta que pode ajudar a promover um aumento na qualidade de vida dos infectados.

Ele consiste na diminuição do estresse oxidativo causado pelo vírus, suplementando minerais, aminoácidos e vitaminas que sabidamente apresentam déficit por conta da cinética do vírus.

O indivíduo com HIV tem como principal característica o desarranjo da função imune, que no final leva á perda dos linfócitos "T-helper" (CD4+), necessitando de uma Terapia Nutricional, que possa abranger não apenas os sintomas associados à infecção por HIV, mas traga uma melhor qualidade de vida.

As pessoas soropositivas estão entre as que mais formam radicais livres, por causa da baixa imunidade e das constantes infecções. O tratamento ortomolecular associado à terapia antirretroviral tem proporcionado aos pacientes uma grande ajuda.

Dr. Helion Póvoa, precursor da medicina ortomolecular no Brasil, há 20 anos atende pacientes com HIV e tem uma ONG no Rio de Janeiro que visa atender pacientes carentes soropositivos.

Ele afirma que pessoas soropositivas que tomam vitaminas, minerais e aminoácidos (chamados de antioxidantes) para combater a grande quantidade de radicais livres formados na infecção pelo HIV têm a carga viral diminuída muito mais rapidamente, desaparecendo as complicações decorrentes da doença.

Helion Póvoa destaca, no entanto, que a função dos antioxidantes neste caso é de coadjuvante ao tratamento convencional: "A carga viral da doença é muito grande e só se consegue diminuí-la com um tratamento tão violento quanto esse com os antirretrovirais. Mas não há dúvida de que o uso de vitaminas e outros antioxidantes é capaz de representar melhoras espetaculares em pacientes com aids.

O próprio Luc Montagnier, cientista francês que isolou o vírus da aids em 1983, aconselha esse tratamento antioxidante complementar a todos que têm a doença". Segundo Helion Póvoa, existe uma proteína, chamada NFKB, que é produzida intensamente no organismo de quem tem o vírus da aids, pois é fundamental à multiplicação do vírus HIV.

Os antioxidantes são capazes de inibir a "síntese do fator NFKB" e assim inibir a multiplicação do HIV, diminuindo a carga viral no paciente e proporcionando-lhe grande melhora do estado geral. "Convém notar outra importância dos antioxidantes no tratamento da aids: o seu poder de combater os efeitos colaterais dos antirretrovirais", acrescenta.

Os alimentos fontes de ácidos graxos mono e poliinsaturados, como, por exemplo, peixes, óleos vegetais, azeite de oliva, oleaginosas, são muito importantes para o paciente aidético, pois estes ácidos graxos entram na composição da capa do "Natural Killer" que é uma célula de defesa importante do sistema imunológico.


Fonte: Redação Agência de Notícias da Aids 

http://www.agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=22165