Diversos estudos relatam que portadores
HIV/aids possuem "hipovitaminose A", sendo esta uma vitamina importante
para o sistema imune e sua baixa concentração aumenta o risco de
infecções, por isso alimentos com alta concentração de ácidos graxos
(ômega 3), encontrados em peixes, algas marinhas e óleos vegetais são
recomendados para aumentar a eficiência do sistema imunológico dos
soropositivos.
Portadores do HIV/aids também podem apresentar níveis baixos de vitamina
B12, podendo ser um potencial desencadeador da depressão, por isso,
além do consumo de peixes, ovos e carnes também devem fazer parte de uma
dieta diária.
Uma alimentação saudável pode contribuir para o aumento dos níveis dos
linfócitos CD4, redução dos quadros infecciosos, diminuição dos quadros
de diarréia, náuseas e vômitos e até dos níveis de perda de massa
muscular, aumentando assim a qualidade de vida dos portadores de HIV.
Medicina Ortomolecular
O tratamento ortomolecular no caso do paciente soropositivo também é
outra grande descoberta que pode ajudar a promover um aumento na
qualidade de vida dos infectados.
Ele consiste na diminuição do estresse oxidativo causado pelo vírus,
suplementando minerais, aminoácidos e vitaminas que sabidamente
apresentam déficit por conta da cinética do vírus.
O indivíduo com HIV tem como principal característica o desarranjo da
função imune, que no final leva á perda dos linfócitos "T-helper"
(CD4+), necessitando de uma Terapia Nutricional, que possa abranger não
apenas os sintomas associados à infecção por HIV, mas traga uma melhor
qualidade de vida.
As pessoas soropositivas estão entre as que mais formam radicais livres,
por causa da baixa imunidade e das constantes infecções. O tratamento
ortomolecular associado à terapia antirretroviral tem proporcionado aos
pacientes uma grande ajuda.
Dr. Helion Póvoa, precursor da medicina ortomolecular no Brasil, há 20
anos atende pacientes com HIV e tem uma ONG no Rio de Janeiro que visa
atender pacientes carentes soropositivos.
Ele afirma que pessoas soropositivas que tomam vitaminas, minerais e
aminoácidos (chamados de antioxidantes) para combater a grande
quantidade de radicais livres formados na infecção pelo HIV têm a carga
viral diminuída muito mais rapidamente, desaparecendo as complicações
decorrentes da doença.
Helion Póvoa destaca, no entanto, que a função dos antioxidantes neste
caso é de coadjuvante ao tratamento convencional: "A carga viral da
doença é muito grande e só se consegue diminuí-la com um tratamento tão
violento quanto esse com os antirretrovirais. Mas não há dúvida de que o
uso de vitaminas e outros antioxidantes é capaz de representar melhoras
espetaculares em pacientes com aids.
O próprio Luc Montagnier, cientista francês que isolou o vírus da aids
em 1983, aconselha esse tratamento antioxidante complementar a todos que
têm a doença". Segundo Helion Póvoa, existe uma proteína, chamada NFKB,
que é produzida intensamente no organismo de quem tem o vírus da aids,
pois é fundamental à multiplicação do vírus HIV.
Os antioxidantes são capazes de inibir a "síntese do fator NFKB" e assim
inibir a multiplicação do HIV, diminuindo a carga viral no paciente e
proporcionando-lhe grande melhora do estado geral. "Convém notar outra
importância dos antioxidantes no tratamento da aids: o seu poder de
combater os efeitos colaterais dos antirretrovirais", acrescenta.
Os alimentos fontes de ácidos graxos mono e poliinsaturados, como, por
exemplo, peixes, óleos vegetais, azeite de oliva, oleaginosas, são
muito importantes para o paciente aidético, pois estes ácidos graxos
entram na composição da capa do "Natural Killer" que é uma célula de
defesa importante do sistema imunológico.
Fonte: Redação Agência de Notícias da Aids
http://www.agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=22165